quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Encontro de direitos humanos termina com propostas "qualificadas", diz coordenador de fórum

Brasília - O coordenador do Fórum de Entidades Nacionais de Direitos Humanos, Ivânio Barros, avalia que o documento aprovado ao final do Encontro Nacional de Direitos Humanos 2007 – Segurança Pública, Justiça e Cidadania reflete bem os debates desenvolvidos ao longo dos três dias de atividades.

“Dentro daquilo que foi colocado como os objetivos do encontro, podemos dizer que [o encontro] foi um sucesso. Nas oficinas foram apresentadas muitas propostas qualificadas, que certamente o governo vai considerar na análise das 94 atividades e ações do Pronasci [Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania]", disse. "E mesmo no processo de revisão do conceito de combate à criminalidade em territórios, como aparece no Pronasci hoje”.

O deputado federal Pedro Wilson (PT-GO), titular da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, diz que a carta final deve funcionar como um apelo ao governo.

“Para que nós tenhamos segurança pública do ponto de vista da segurança pessoal e familiar. Mas que tenhamos também segurança pública com cidadania, que pressupõe investimento na saúde, na educação, na moradia, no lazer, nas alternativas para todos nós, mas principalmente para a juventude”.

Um dos assuntos discutidos, e que consta do documento final, é a violência policial. Um dos casos apresentados no evento é o de Divino Rodrigues Barco.

Integrante do Comitê Goiano pelo Fim da Violência Policial, Barco pediu justiça e punição aos policiais que ele diz terem mataram seu filho de 19 anos, há dois anos.

“Estamos aqui para que ninguém mais sofra o que a gente está sofrendo. A esperança do comitê é que haja uma repercussão muito grande mesmo [das discussões do evento]. Se possível, com a unificação da polícia”, diz, acrescentando que essa foi uma das propostas apresentadas.

Na avaliação do deputado Luiz Couto (PT-PB), foi "muito pequena" a participação de parlamentares nesse tipo de evento.


“O que esperamos, efetivamente, é que nesses encontros nós tenhamos uma participação maior dos parlamentares”, afirmou Couto, que também é titular na Comissão de Direitos Humanos e Minorias na Câmara.

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