quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Anistia elogia Brasil por decisão favorável a índios

RIO DE JANEIRO - A entidade de direitos humanos Anistia Internacional elogiou na quarta-feira o governo brasileiro por transformar em reserva indígena uma área reivindicada pela empresa Aracruz Celulose .

O ministro da Justiça, Tarso Genro, anunciou na terça-feira que uma área de 11 mil hectares (equivalente a cerca de 15 mil campos de futebol) no Espírito Santo será acrescentada a uma reserva já existente.

"Anos de incerteza sobre o status dessas terras deixaram as tribos tupiniquim e guarani vulneráveis à violência e à intimidação", disse a Anistia, acrescentando que a Aracruz havia plantado eucalipto em áreas ocupadas tradicionalmente pelos índios.

Em janeiro de 2006, 13 índios ficaram feridos numa enorme operação policial para retirar os indígenas da terra disputada.

A Anistia disse esperar que a decisão sirva de precedente para casos similares ainda não resolvidos, especialmente no Mato Grosso do Sul, onde segundo a ONG muitas tribos sofrem com a violência e a pobreza por causa de disputas fundiárias.

A assessoria de imprensa da Aracruz disse que a empresa está avaliando possíveis recursos judiciais contra a decisão do governo. Uma assessora disse que a medida foi "uma surpresa", já que a Aracruz vinha negociando uma solução com a Funai.

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