sexta-feira, 27 de julho de 2007

Mães-de-santo pedem valorização de cultos de matrizes africanas pela sociedade

Recife - Mães-de-santo da umbanda e do candomblé de Recife, Olinda e outras cidades da região metropolitana participam, hoje e amanhã (26 e 27), na sede da Fundação Joaquim Nabuco, do 1º Encontro de Mulheres de Terreiro. O evento é promovido pelo terreiro Obá Aganju Okóloyá”, que tem 62 anos de tradição.
As mais de 150 participantes do encontro pretendem elaborar um documento com reivindicações ao poder público para organizar o funcionamento das casas de terreiros onde se praticam religiões africanas. Vão pleitear também facilidades na concessão de aposentadoria às mães-de-santo, conhecidas como sacerdotisas.
Segundo a presidente da Sociedade de Mulheres Negras de Pernambuco, Vera Baroni, as principais dificuldades enfrentadas pelos mais de três mil terreiros do estado dizem respeito à falta de informações da sociedade civil sobre a importância dos cultos afro.
Outra participante do evento, Maria Helena Sampaio, ressaltou a discriminação que as religiões de matrizes africanas sofrem por serem confundidas com outros cultos. Segundo Maria Helena, as pessoas confundem o candomblé com baixa magia.
"O que fazemos é um culto à natureza, uma louvação aos orixás, com a intenção de chegar a Deus, que dá a intuição para que possamos. prestar serviços aos cidadãos, indicando caminhos a serem seguidos, com a intenção de resolver problemas psicológicos e de outras ordens. Contribuímos para com a paz de espírito das pessoas, ” explicou.
Durante o encontro, será lançada a cartilha Tias do Terço, uma publicação produzida pela prefeitura do Recife, em parceria com o Núcleo de Cultura Afro-Brasileira.'

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